Solidão não é tão mal assim...
Afinal, podes fazer o que quiseres.
Não há impedimentos.
Sem “se não”.
Faças isso ou aquilo outro,
Pouco importa.
Vivas ao bel prazer,
Vivas solto!
Nada a atrapalhar.
Verdade, o que ajuda também é pouco
Mas ...dá pra te fazer...
Os compromissos são teus
É teu o futuro.
Grites até ficar rouco
E amanha sinta
Quão sujo estará o som
Que ocupa esse oco...
Bem pensando, dá pra quase tudo
Faças a tua graça
Ninguém vai saber.
De fato, ficas mais nos planos...
Verdade, algumas exceções.
Uma coisa meio ensaiada...
Sei, estavas tentando...
Ninguém notou.
Além de ti, claro
O respeito há de ser soberano...
Há esperança, em fim.
Tu hás de mudar .
Verdade, tens mais que poucos anos...
Mas tu ainda consegues.
Paras de tropeçar
E trocas tua dança.
Por enquanto, aproveita
Podes tudo,
Ninguém te cansa.
Desfrute!
Olhe ao redor!
Cumprimente a todos.
Sorri, és só,
Dê-vos ao menos o que esperam de ti.
Não sejas tão chato!
A final porque queres tanto te dividir?
És um velho, antiquado.
Tuas músicas, vestes, comportamento,
Fedem a armário!
Não queres arrancar risos.
Não ao menos quando te mostrares.
Para que então?
Esconde teu siso,
Descubra teus dentes
E viva assim, tão só
Mas ao lado do resto da gente.
Desisti de ti dividir,
Deves de ser número primo.
Olhe pro lados
E adéqua teu destino!