terça-feira, 3 de novembro de 2009

Café ao som de silêncio (

Motos inconvenientes

Tentam, em vão, tirar minha concentração.

À medida que penso,

Afundo-me em quietudes estridentes,

Dos cantos de cabeça que chamam coração.

Corre o bico de caneta,

E o rascar no papel me eleva.

Uma cócega, um carinho nas costelas...

Derramo-me em tinta preta,

Nesse movimento de mão...

Abraça-me o vento corrente das janelas,

E isso, fechado em caxeta,

Talhada a formão,

Com chá, de cor e de aroma, que enfeita,

Disso faz-se um afago.

Confere um olhar solto

Mas não vago.

Inquieto, errante,

Mas determinado.

O papel, que agora me tem em parte, derramado

Revigora-me que "a liberdade não se acaba,

Num mundo ilimitado.

Aberto, sem porteira,

Derrengado..."

É de se escolher o caminho.

Para onde levar a bandeira.

O ponto é seguir,

Coeso e sem pressa.

Peito e braços preparados,

De tudo o que passar,

Agarrar o que interessa.

E o que faz bem, bem conservar.

É de seguir procurando minhas fronteiras

No meio da amplidão.

Eu e minha caxeta,

Talha da a formão...



Sinésio Terceiro

Um comentário:

  1. OOi, obg ^^
    na verdade alguns são músicas mas diremos que 80% é meu, nem sou muito de escrever mas ataco de poeta pra n sufocar de dor, rs x~
    ah prazer todo meu. ;*

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