Motos inconvenientes
Tentam, em vão, tirar minha concentração.
À medida que penso,
Afundo-me em quietudes estridentes,
Dos cantos de cabeça que chamam coração.
Corre o bico de caneta,
E o rascar no papel me eleva.
Uma cócega, um carinho nas costelas...
Derramo-me em tinta preta,
Nesse movimento de mão...
Abraça-me o vento corrente das janelas,
E isso, fechado em caxeta,
Talhada a formão,
Com chá, de cor e de aroma, que enfeita,
Disso faz-se um afago.
Confere um olhar solto
Mas não vago.
Inquieto, errante,
Mas determinado.
O papel, que agora me tem em parte, derramado
Revigora-me que "a liberdade não se acaba,
Num mundo ilimitado.
Aberto, sem porteira,
Derrengado..."
É de se escolher o caminho.
Para onde levar a bandeira.
O ponto é seguir,
Coeso e sem pressa.
Peito e braços preparados,
De tudo o que passar,
Agarrar o que interessa.
E o que faz bem, bem conservar.
É de seguir procurando minhas fronteiras
No meio da amplidão.
Eu e minha caxeta,
Talha da a formão...
Sinésio Terceiro
OOi, obg ^^
ResponderExcluirna verdade alguns são músicas mas diremos que 80% é meu, nem sou muito de escrever mas ataco de poeta pra n sufocar de dor, rs x~
ah prazer todo meu. ;*